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quarta-feira, 20 de maio de 2015

Diabéticos denunciam falta de insulina na Farmácia do Estado de PE

Farmácia do Estado atende cerca de 38 mil pessoas por mês oferecendo medicamentos especializados ou de alto custo / Foto: divulgação/SES
Farmácia do Estado atende cerca de 38 mil pessoas por mês oferecendo medicamentos especializados ou de alto custoFoto: divulgação/SES
Pacientes diabéticos que dependem do sistema público de saúde para ter acesso a doses diárias de insulina denunciam a falta do medicamento da Farmácia de Pernambuco. As substâncias Aspart e Glargina, essa última comercialmente conhecida como Lantus, não estão sendo distribuídas gratuitamente há pelo menos dois meses. Nas farmácias particulares, um frasco com 10 ml da primeira substância pode ser encontrado por cerca de R$ 80. A segunda, uma caneta de aplicação do medicamento, com cerca de 3 ml, custa R$ 114,50.

De acordo com o educador Walter de Melo Cortez, 60 anos, o mês de março foi a última vez que ele conseguiu garantir as medicações para sua esposa e duas filhas, que são insulino-dependentes. No total, as três precisam, em média, de 12 frascos da insulina Lantus e mais oito da Aspart. A compra dessas substâncias significa, no final do mês, um investimento de cerca de R$ 2.300 no combate à diabetes Tipo 1.
De alto custo, uma caneta de aplicação da insulina Lantus não custa menos de R$ 114,50 na rede particular
De alto custo, uma caneta de aplicação da insulina Lantus não custa menos de R$ 114,50 na rede particularFoto: reprodução
Walter, no entanto, esclarece que tem conseguido junto ao Governo Federal uma droga de qualidade inferior ao Lantus através do programa Farmácia Popular. Porém ele argumenta que a mudança do medicamento causa disfunções no tratamento da sua esposa e filhas. Já o gasto com a insulina Aspart não teve como ser driblado e, somente este mês de maio, já foram gastos cerca de R$ 800 com o medicamento chamado de Humalog Lispro que a substitui.

“Minha esposa depende de insulina há mais de 40 anos e sempre foi muito bem cuidada. Já minhas filhas, uma com 16 e outra com 26, ficaram dependente da insulina quando tinham uns 8 anos e sempre receberam as doses. Agora essa dificuldade que pode atrapalhar o tratamento e trazer complicações na visão e outras parte do corpo”, reclamou o Walter Cortez.

Para ele, a ausência dessas insulinas é uma falta de respeito. “Imagine trocar um remédio muito bom por um ruim e ter que tirar do orçamento R$ 900 para pagar pelo outro só porque o governo do Estado não tem. É complicado para a saúde delas e do ponto de vista financeiro. Não tem como custear assim”, desabafou o educador. Apesar da falta das insulinas, ele explica que as seringas, lancetas e fitas que acompanham o tratamento de diabetes para insulino-dependentes estão sendo entregues normalmente. 

Sobre a falta dos substâncias, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) afirmou, em nota nesta quarta (20), que “as insulinas Lantus e Aspart já estão sendo adquiridas e a previsão é que o estoque esteja normalizado nas unidades da Farmácia de Pernambuco nas próximas semanas”. Cerca de 38 mil pessoas são atendidas nas 30 unidades espalhadas pelo Estado, que deveriam fornecer 234 tipos de medicamentos especializados ou de alto custo.

Em fevereiro deste ano, a TV Jornal já havia denunciado a falta desses medicamentos na Farmácia do Estado. Na época, os relatos dos pacientes davam conta de que as duas insulinas não estavam sendo distribuídas pelo Governo do Estado desde novembro de 2014.

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